Nelson Studart: o físico-professor

Conheça como a paixão pelo conhecimento e pelo ensino está transformando vidas e construindo um futuro melhor para a educação científica

Em comemoração ao Dia da Física, uma data que reconhece as contribuições essenciais dos físicos para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, a Sapra Landauer convidou o físico Nelson Studart, professor e coordenador acadêmico da Illum – Escola de Ciências do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação, para uma entrevista sobre os avanços da física e a formação de novas gerações de cientistas.

A data de 19/05 foi escolhida para homenagear o annus mirabilis de 1905, ano em que Albert Einstein produziu quatro artigos com extremo valor científico, o tornando o cientista mais famoso do século passado.

O professor Nelson Studart é um exemplo de dedicação e paixão pela física e pelo ensino. Com uma formação sólida, que inclui bacharelado, mestrado e doutorado em física pela Universidade de São Paulo (USP), além de um pós-doutorado em Harvard, Studart construiu uma carreira marcada pela combinação de pesquisa e educação.

Desde muito jovem, Studart demonstrou uma vocação para o ensino. Aos 19 anos, enquanto ainda cursava física, começou a dar aulas de matemática. Essa experiência precoce marcou sua carreira e o colocou na educação, um aspecto que ele nunca abandonou ao longo de sua carreira. Mesmo durante seu pós-doutorado em Harvard, onde se dedicou exclusivamente à pesquisa por dois anos, manteve o espírito educador.

“Eu nunca parei de dar aula na minha vida. Essa é a característica da minha carreira, ao lado da minha vida como pesquisador, eu sempre me preocupei com o ensino. Sempre! Posso dizer que tive dois grande interesse na minha vida, além dessa parte de ensino, também tive interesse na parte de história da ciência”, afirma o físico-professor.

No campo da pesquisa, Nelson Studart se destacou em diversas áreas da física. Ele trabalhou inicialmente com teoria de muitos corpos, antes de se aventurar na matéria condensada. Um dos pontos altos de sua carreira de pesquisador foi sua participação no projeto do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Nanotecnologia de Semicondutores, focando em aplicações práticas como comunicação óptica.

Além de sua carreira em pesquisa e ensino, Studart nutriu um profundo interesse pela história da ciência. Durante seu tempo em Harvard, teve a oportunidade de conhecer e ser influenciado por historiadores renomados, o que o inspirou a integrar a história da física em seus cursos. Esse interesse se refletiu em várias de suas publicações e na produção de edições temáticas para a revista brasileira de física.

Dedicação a formação de professores

Entre seus orgulhos está a criação e desenvolvimento de programas voltados para a formação de professores de ciências exatas. Ele foi pioneiro na criação do primeiro mestrado profissional em ensino de ciências exatas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Além disso, desempenhou um papel crucial na revitalização de revistas acadêmicas, como a “Revista Brasileira de Ensino de Física” e a “Física na Escola”, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino de física no Brasil.

“Passei 9 anos na RBEF. Na época, os colegas achavam estranho um físico escrevendo sobre ensino. Diziam que não tinham tempo a perder e que eu não ganharia pontos com a Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior], não seria reconhecido como pesquisador”, conta o pesquisador. Ele completa, rindo: “Foi um esforço: eu enterrei alguns papers enquanto estava lá, mas criei a revista Física na Escola em 2000, uma publicação importante para os professores do ensino médio. Essa criação é meu orgulho!”.

Se, de um lado, Studart enfrentava o pouco-caso dos colegas, de outro encontrava uma certa intolerância por parte dos pedagogos e educadores. “Eu me aproximei da comunidade de ensino, mas sempre brigava com eles. Eram muito ortodoxos com essa parte de pesquisa, no dia a dia usavam pouca física, tinha muita pesquisa e muito Piaget, mas pouco conteúdo. Eu sou um homem conteudista, eu gosto de conteúdo e estou convencido de que é necessário ter conteúdo para ensinar”, disse.

Nelson Studart sempre acreditou, de fato, na importância do conteúdo no processo educativo. Inspirado por figuras como Paulo Freire, Studart defendeu que um bom professor deve ter domínio profundo de sua área de conhecimento e ser capaz de transmitir isso de forma que promova uma aprendizagem significativa. 

“Lendo “Cartas de Paulo Freire aos professores”, encontrei uma ideia que me acompanha até hoje. Ninguém pode ensinar o que não sabe. É preciso ter a humildade de reconhecer que saber o que não se sabe é o primeiro passo para ser um bom professor”, afirma. “Professor tem que  aprender conteúdo, tem que ter um aprendizado significativo.” 

A partir dessas premissas, Studart tem se dedicado à pesquisa translacional em educação, buscando aplicar resultados de pesquisa acadêmica diretamente na sala de aula. Interessou-se particularmente por métodos inovadores como a gamificação, utilizando jogos de RPG [Role-playing game, ou jogo narrativo] para aumentar a motivação e o engajamento dos estudantes. Segundo ele, essa abordagem mostrou-se especialmente eficaz para introduzir conceitos complexos de física de maneira mais acessível e envolvente.

Criação do Ilum

Em 2013, Nelson Studart se aposentou da UFSCar, mas sua carreira estava longe de terminar. Logo em seguida, aceitou um convite para ser professor visitante na Universidade Federal do ABC (UFABC), onde mais tarde se tornaria professor titular visitante. Durante seu tempo na UFABC, ele continuou a trabalhar com formação de professores e desenvolvimento de currículos inovadores.

Uma das iniciativas mais recentes e significativas de Nelson Studart é sua participação na criação da Ilum – Escola da Ciência, uma instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação voltada para a formação de cientistas com uma visão integrada e interdisciplinar da ciência. 

Localizada em Campinas, a Ilum faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que também abriga o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), responsável pela operação do Sirius, que é a maior e mais complexa infraestrutura de pesquisa já construída no País, e abriga a nova fonte de luz síncrotron brasileira.

“Chamamos de escola pensando em Atenas”, conta. “A Ilum é curso para formação de cientistas para trabalhar a ciências nas áreas de ciências da vida, ciências da matéria, ciências de dados e humanidades. Nosso propósito é formar cientistas precocemente.” 

A escola oferece um curso de bacharelado em ciência e tecnologia que se destaca por sua abordagem inovadora. O curso é projetado para formar cientistas de forma precoce, permitindo que os alunos entrem diretamente em programas de doutorado ou se especializem em áreas de seu interesse. 

A formação inclui disciplinas de ciências da vida, ciências da matéria, ciência de dados e humanidades, refletindo a crença de Studart na importância de uma educação científica holística e ética. “Trabalhamos na integração das ciências, sem deixar de lado as humanidades. A cultura também  é importante na Ilum. Os estudantes têm aulas de teatro, fotografia e dança, por exemplo”.

Impacto e Futuro

A visão de Nelson Studart para a Ilum é ambiciosa. Ele acredita na formação de cientistas altamente qualificados e eticamente responsáveis, prontos para enfrentar os desafios do futuro. A escola já tem mostrado resultados promissores, com uma alta demanda de candidatos e uma baixa taxa de evasão, evidenciando a qualidade e o impacto do programa.

Um dos diferenciais da escola é o processo de contratação dos professores, que segue um modelo também inovador do ponto de vista pedagógico. Os professores selecionados são cientistas que não tenham experiência prévia na carreira universitária; são pós-doutores e doutores que fazem pesquisas, mas cujo principal foco é aplicar seu conhecimento para o ensino de excelência.

Outro aspecto inovador da Ilum é a curricularização da iniciação científica. O aluno faz seis disciplinas em iniciação à pesquisa e culmina sua formação com um trabalho que será apresentado e proposto ao CNPEM.

A Física e a Área Médica

Studart avalia que uma das áreas de maior destaque da física, atualmente, é o desenvolvimento de sensores quânticos, capazes de detectar ondas eletromagnéticas extremamente fracas no corpo humano e que passam despercebidas pelos sensores tradicionais. Segundo ele, esses avanços prometem revolucionar a física médica e a ciência da saúde, proporcionando melhorias significativas no diagnóstico e na prevenção de doenças.

Com seu olhar voltado para a educação e a formação de novos profissionais, ele destaca a importância de aumentar o número de pesquisadores dedicados à física e à sua aplicação em campos emergentes como a física médica. 

“Apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para integrar profundamente a física com as necessidades práticas e sociais, especialmente na formação básica que prepara os futuros cientistas para enfrentar os desafios do mundo moderno”, conclui o físico-professor.

 

Sapra Landauer participa do 28º Congresso Brasileiro de Física Médica

A Sapra Landauer estará presente de forma virtual no 28º Congresso Brasileiro de Física Médica – CBFM 2024, considerado um dos principais eventos do setor no Brasil. Organizado pela Associação Brasileira de Física Médica desde 1986, o Congresso reúne físicos, médicos, pesquisadores, profissionais e estudantes para discutir temas científicos, tecnológicos e práticos relacionados à atuação profissional na sociedade e de relevância para cada área da Física Médica.

Especializada em dosimetria e radioproteção, a Sapra Landauer terá um estande virtual para a troca de conhecimento e informações com os participantes do Congresso.

Teste seus conhecimentos

Para promover a troca de experiências e ampliar os conhecimentos em dosimetria, a Sapra criou um Quiz. Os participantes terão que responder a cinco rodadas de perguntas sobre proteção radiológica, concorrendo a uma vaga no curso online “Noções Básicas de Proteção Radiológica (NBPR)”.

O NBPR foi criado pela Sapra Landauer, aborda conceitos básicos em proteção radiológica e atualiza conhecimentos de profissionais que atuam na área de radiodiagnóstico.
Realizado de forma online, em um ambiente exclusivo de aprendizagem na internet, e com certificado, o objetivo do curso é fornecer informações sobre proteção radiológica de maneira acessível, para permitir que sejam utilizadas na rotina de trabalho, facilitando a tomada de decisões dos usuários.

Visite nosso estande e conheça nossas soluções tecnológicas de ponta para garantir a segurança e a precisão das medições de radiação em diversas aplicações médicas.

Para participar é necessário estar inscrito no congresso e ter baixado o aplicativo da ABFM.

Faça o download para Android ou iOS.

 

Webinar: Segurança do Trabalho no diagnóstico por imagens

A Sapra Landauer realizou no dia 15 de maio, às 15h, online, o Webinar “Segurança do Trabalho no diagnóstico por imagens”, com o Físico Médico, Renato Dimenstein, acompanhado da física e diretora-presidente da Sapra Landauer, Dra. Yvone Maria Mascarenhas.

Sobre os palestrantes

Renato Dimenstein é físico especialista em Radiodiagnóstico (ABFM) e Supervisor Proteção Radiológica (CNEN). Ocupou a presidência da Associação Brasileira de Física Médica (20/21), e é o representante brasileiro junto a IOMP e da ALFIM. Atualmente participa como revisor científico dos congressos do RSNA e ICMP. Participou do curso promovido pela AIEA que ocorreu na Costa Rica.

Yvone Maria Mascarenhas é graduada em Física pela USP, tem mestrado, doutorado e pós-doutorado pelo Instituto de Física e Química de São Carlos (IFQSC) da USP, com pesquisas sobre radiologia e dosimetria. Atuou como coordenadora de projetos de pesquisa financiados por agências como CNPq e FAPESP e tem ampla experiência na área de Física, atuando principalmente em proteção radiológica, produção de raios-x, radiodiagnóstico, algebraic model e dosimetria.

A importância da troca de monitores individuais

 

Você sabe qual é o prazo correto para troca dos monitores para a Sapra Landauer? Confira todos os detalhes para que o processo ocorra corretamente.

O atraso na devolução dos monitores pode até parecer algo inofensivo, mas acaba comprometendo todo o processo de envio, recebimento das remessas seguintes e, consequentemente, os relatórios.

Neste artigo você vai ver os requisitos básicos de proteção radiológica, os problemas decorrentes do atraso na devolução dos monitores e o que isso pode acarretar para a sua empresa.

Proteção radiológica

Os requisitos básicos de proteção radiológica dos indivíduos ocupacionalmente expostos à radiação ionizante, estabelecidos na Norma CNEN NN 3.01, determinam a utilização de monitores individuais de proteção radiológica de tórax, anel ou pulseira, conforme a atividade exercida.

O objetivo é preservar a saúde de trabalhadores e minimizar os riscos derivados do uso de radiações ionizantes. Contudo, há detalhes que devem ser observados.

No Brasil, a periodicidade da dosimetria individual externa é mensal, conforme a regulamentação vigente. Assim, os dispositivos de monitoração devem ser trocados a cada 30 dias. Os monitores devem, necessariamente, ser devolvidos para análise da Sapra Landauer que, então, encaminhará nova remessa de dosímetros.

O processo de troca dos monitores

O contrato com a Sapra Landauer estabelece que o uso do monitor deve ter início no dia 1º ou 16 de cada mês, e deve ter duração de 30 dias. Só é possível encaminhar novos monitores, após o recebimento da remessa já utilizada.

A Sapra Landauer envia uma nova remessa de monitores às empresas mês a mês, de modo que eles sejam entregues antes do final do período de uso. Isso porque a devolução dos monitores deve ser feita após a troca e o colaborador não pode trabalhar sem o dosímetro individual.

Até aí, tudo bem. O ponto chave é que as empresas precisam fazer a devolução imediatamente ou em, no máximo, até 3 dias após a troca dos monitores. Um atraso de poucos dias em um único mês prejudica todo o processo de envio/recebimento de monitores.

Veja como funciona:

Cerca de 2 dias antes de completar o período de uso da remessa azul, por exemplo, a empresa recebe a remessa verde de monitores, para uso no mês seguinte. Após efetuada a troca das remessas, a devolução dos dosímetros que estavam em uso deve ser feita em até 3 dias.

Ao receber a remessa, a Sapra Landauer faz a leitura, a análise das doses e a emissão do relatório de doses. Na sequência, o processo de envio da próxima remessa é iniciado.

Se considerarmos que os Correios podem levar até 10 dias para fazer a entrega, os monitores da nova remessa devem sair da Sapra, no máximo, 10 dias antes da data de troca. Com isso, o período que sobra para todo o trabalho que deve ser realizado pela Sapra é justíssimo.

Por isso é tão importante fazer a devolução dos monitores três dias após a troca da remessa. Desta forma, o processo de troca de monitores é realizado sem intercorrências.

O problema do atraso

Um atraso na devolução dos monitores, por menor que seja, vai gerar um acúmulo de toda a demanda, comprometendo o prazo das próximas remessas.

Numa comparação simples, é como em uma conta bancária que entrou no vermelho. No mês seguinte, a sua receita já não será mais suficiente para cobrir os custos do mês, porque terá que suprir o valor que estava negativo. E mês a mês esse rombo aumenta.

Com os monitores, a situação é parecida. A devolução tardia compromete os processos de leitura e produção de relatórios realizados pela Sapra e prejudica a aferição de doses e proteção radiológica das pessoas monitoradas.

Entenda o que ocorre se houver atraso:

  • Vamos supor que o cliente demore 10 dias para fazer a devolução e poste os monitores no dia 10 daquele mês;
  • A Sapra receberá os monitores entre os dias 17 e 20 do mesmo mês;
  • Contudo, a Sapra teria que postar a nova remessa dos monitores, no máximo, 10 dias antes da data de início de uso, quando a troca deve ser realizada.

Ou seja, não há tempo suficiente para que a Sapra cumpra todos os procedimentos – recebimento, leitura, análise e emissão do relatório – necessários para o próximo envio.
Assim, se a devolução de monitores já utilizados demorar para ocorrer, todo o processo sofrerá atraso. Com isso, a troca de monitores, que deveria ser realizada em 30 dias, pode ser prejudicada.

Riscos iminentes

O envio tardio em um único mês gera um encavalamento do processo nos meses seguintes. O atraso igual ou superior a 90 dias resulta em LI – Leitura Impossível.

Nesses casos, apesar de a Sapra realizar a leitura e análise de todos os monitores recebidos (independentemente do período de uso), não poderá emitir o relatório indicando os valores de dose, mas sim de acordo com a legislação vigente, a dose será indicada como LI.

Em resumo, pequenos atrasos geram grandes problemas. Por isso a Sapra Landauer recomenda insistentemente que seja feita a troca regular dos monitores imediatamente após o recebimento da nova remessa ou em, no máximo, 3 dias.

Para tirar suas dúvidas sobre esse assunto, clique aqui e entre em contato conosco.

Sapra Landauer participa do XXVII Congresso Brasileiro de Física Médica

Sapra Landauer participa do Congresso Brasileiro de Física Médica, maior evento do setor no Brasil

A Sapra Landauer esteve presente no XXVII Congresso Brasileiro de Física Médica – CBFM 2023, realizado entre os dias 12 e 15 de junho, em São Pedro/SP. Além de um estande, a física e diretora presidente da empresa, Yvone Maria Mascarenhas, ministrou uma palestra sobre “Dosimetria ocupacional – desafios e possibilidades futuras”.

O CBFM é considerado o principal evento do setor de Física Médica no Brasil e contou com a presença de cerca de 700 pessoas. Organizado pela ABFM (Associação Brasileira de Física Médica), o Congresso reuniu físicos, médicos, pesquisadores, profissionais e estudantes para discutir temas científicos, tecnológicos e práticos relacionados à atuação profissional.

A Sapra Landauer esteve presente divulgando a tecnologia OSL para serviços de monitoração individual, o microStar II, equipamento utilizado para medidas de doses em radioterapia e diagnóstico por imagens, entre outros, e o sistema Raysafe i3 de dosimetria em tempo real, voltado para medida de doses dos profissionais que trabalham em salas de intervencionismo. “Apresentamos nossos serviços e tecnologias, tivemos contato com nossos clientes e intensa troca de conhecimento. Eventos como esses são importantes para o fortalecimento da cultura da proteção radiológica no país”, afirmou Paulo Mascarenhas, físico e diretor da Sapra Landauer.

Atualização cadastral na proteção radiológica: uma questão de segurança

Quando se fala em proteção radiológica inúmeras questões devem ser observadas e cumpridas para garantir a efetiva segurança dos profissionais que são Indivíduos Ocupacionalmente Expostos (IOEs).

Um detalhe muito importante, que muitas vezes passa despercebido é a atualização dos dados da instituição, dos nomes do responsável pela proteção radiológica e do responsável pelo envio e recebimento.

A Sapra Landauer não tem conhecimento se houve trocas de dados da instituição ou dos responsáveis, se não for devidamente informada.

A atualização do cadastro da instituição tais como: endereço para correspondência, telefones diretos e e-mails dos setores que participam do processo de monitoração individual.

A identificação dos responsáveis, telefones diretos e e-mails é uma maneira de zelar pelos colaboradores. Isso se deve ao fato de que estes responsáveis nas instituições, cadastrados no sistema Sapra Landauer são as pessoas que fazem o contato direto com a Sapra. O responsável pela Proteção Radiológica é o contato para questões de proteção radiológica e o responsável pelo envio e recebimento dos monitores para solucionar questões deste processo.

“O responsável pela proteção radiológica (e seu substituto) é aquele que responde pela proteção radiológica dos IOEs. Quando há uma dose elevada, a comunicação é feita para esse responsável cadastrado, via e-mail e por carta registrada”, explica a Dra. Maria de Fátima Magon, responsável técnica e gerente de operações e do sistema da qualidade na Sapra Landauer.

O responsável pela proteção radiológica é quem deve zelar pelos indivíduos ocupacionalmente expostos sob sua responsabilidade e pelos procedimentos com radiação, ou seja, é quem deve estar atento para que todo o processo de registro e controle das doses dos IOEs, assim como, a troca de monitores ocorra corretamente.

Comunicações para a Sapra de ocorrência com monitores e/ou acidentes de IOEs com radiação sempre são realizadas com o conhecimento deste profissional. Física e Doutora pela USP, Maria de Fátima ressalta que apenas a partir desta comunicação, o responsável poderá tomar as devidas providências em termos de proteção radiológica, para controle das doses dos IOEs sob sua responsabilidade. Daí a importância de manter esse cadastro sempre atualizado.

O responsável pelo envio e recebimento é quem: recebe e envia os monitores, recebe os relatórios de dose impressos, realiza exclusões e inclusões de usuários, notifica o não recebimento das remessas e/ou de extravio, comunica troca de endereço para envio, comunica a não utilização de monitores por férias, etc. Este profissional tem que ter o conhecimento sobre o processo de monitoração e é quem tem contato direto sobre estas questões, sendo importante que caso haja alteração que a Sapra seja comunicada.

“Ou seja, manter atualizados os dados e nomes desses responsáveis de sua empresa é essencial para que as comunicações e informações sobre os serviços da Sapra sejam trocadas com as pessoas corretas, no tempo certo e nas situações necessárias.”, ressalta Maria de Fátima.

Como comunicar uma alteração cadastral

Se houver qualquer alteração de endereço ou de dados dos responsáveis na instituição é fundamental notificar a Sapra Landauer imediatamente para evitar extravio ou atraso no envio dos monitores, a fim de cumprir a exigência de periodicidade mensal, tomar as devidas providência quanto a atrasos ou extravios de remessas de monitores, e principalmente para que a comunicação de doses elevadas seja direcionada para o responsável atualizado pela proteção radiológica. Só assim ele poderá tomar as devidas e prontas providências.

Para realizar a atualização dos dados cadastrais, acesse a ficha de atualização, e sempre que necessário preencha e encaminhe por e-mail para o cadastro@sapra.com.br ou através do GPR online.

É preciso mudar o enfoque da educação das meninas e incentivá-las a ter persistência, diz física Yvonne Mascarenhas

“É preciso mudar o enfoque da educação das meninas e incentivá-las a ter persistência diante das dificuldades. O cérebro feminino é tão capaz quanto o masculino.” A afirmação é da cientista Yvonne Primerano Mascarenhas, a primeira mulher a ocupar uma cadeira no Departamento de Física da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP), em 1956, e uma das pioneiras na fundação do então Instituto de Química e Física de São Carlos (IQFSC/USP).

Em entrevista exclusiva ao blog da Sapra Landauer, por ocasião do Dia Internacional das Mulheres, a professora Yvonne Mascarenhas contou parte de sua trajetória profissional e falou sobre a importância de abrir caminho para as mulheres na ciência, estimulando essa atuação desde cedo, com mudanças na educação – dentro e fora das escolas – e com bons exemplos.

“Toda vez que uma mulher é premiada na ciência, outras se inspiram. Esse reconhecimento é um reforço para que mais mulheres assumam o mesmo tipo de atividade. Atualmente isso é até mais viável, já que não existem aquelas famílias numerosas, que obrigavam as mulheres a assumir os afazeres do lar. Hoje, vemos muitos casais que dividem a condução do lar; os dois trabalham e colaboram com as atividades domésticas de forma organizada e isso é uma grande evolução”, observou Yvonne, que teve uma carreira brilhante na ciência.
Foi pesquisadora na Universidade de Princeton, professora visitante no Instituto Politécnico Nacional do México, orientou inúmeros Mestrados e Doutorados e, em 1998, recebeu a Ordem Nacional do Mérito Científico, na classe Grã-Cruz, concedido pelo então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso.

Para ela, o mesmo olhar que permitiu às mulheres essa abertura profissional, deve ser ampliado também para a educação na sociedade. “Quando você vai comprar um brinquedo para uma criança, a primeira questão do vendedor é se quem vai ganhar o presente é menino ou menina. Se for menina, ele te leva para a seção de bonecas e pequenas cozinhas; já se for menino, você é direcionada para a seção de games e eletrônicos. Ou seja, o estímulo às meninas pode começar daí, desde cedo”, ressaltou a cientista.

Nascida em Pederneiras em 1931, Yvonne mudou-se para o Rio de Janeiro aos 10 anos. Neta de imigrantes italianos, carrega consigo a força intrínseca da família, que precisou lutar para se estabelecer no Brasil. Seus pais – Francisco Primerano e Luiza Lopes Primerano – consideravam prioritário o recurso para educar os filhos, tanto que além dela, suas duas irmãs seguiram carreira científica: uma como professora de Física na Unicamp e outra como física médica nos EUA, especializando-se no tratamento de câncer por radiação.

(Foto: Léo Ramos Chaves | Revista Pesquisa FAPESP)

(Foto: Léo Ramos Chaves | Revista Pesquisa FAPESP)

Ainda menina, Yvonne teve aula com a escritora Cleonice Berardinelli, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), com quem aprendeu a amar poesias e a língua portuguesa. A acadêmica Cleonice, falecida recentemente, era considerada uma referência em estudos da literatura portuguesa, e a influenciou sobremaneira.

“Sempre fui introspectiva, gostava muito de ler e tive sorte de ser aluna da professora Cleonice Berardinelli, que me inspirou muito, tanto que cheguei a pensar em seguir carreira nessa área. Mas no Curso Clássico (atual Ensino Médio), tive um professor de química muito bom e colegas interessantes, como a Anna Maria Endler, uma grande amiga. Analisando tudo o que eu poderia desenvolver na vida, compreendi que eu seria mais útil seguindo carreira de química. E durante a graduação em Química, na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), me encantei com a disciplina de físico-química, ao estudar as transformações no sentido de transferência de energia”, contou.

Assim, em 1954, após graduar-se em química, Yvonne obteve o título de bacharel em Física pela Universidade do Estado da Guanabara (atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro). E em 1956, foi contratada como professora assistente pela Escola de Engenharia de São Carlos, na época única unidade da Universidade de São Paulo na cidade, onde Yvonne se estabeleceu e construiu carreira, desempenhando importante papel na vida de seus colegas e pupilos, na formação da cristalografia no Brasil e na consolidação do IFSC-USP, do qual foi sua primeira diretora, entre 1994 e 1998, logo após o desmembramento do IQFSC.

Carreira x Vida Pessoal

Para a professora Yvonne, o fato de se mudar para uma cidade do interior de São Paulo facilitou a conciliação da vida pessoal e profissional, o que, muitas vezes, acaba sendo um impedimento para que mulheres sigam na carreira científica. “No Rio de Janeiro, tive que limitar minhas atividades quando meu primeiro filho nasceu. Parei com aquelas que exigiam minha ida ao laboratório e comecei a dar aulas particulares em casa. Por outro lado, morando em São Carlos, tudo ficou mais fácil, porque as distâncias eram menores”, explicou.

A carreira em pesquisa é árdua e exige dedicação, um desafio para mulheres que querem conciliar trabalho e família. Segundo dados da Unesco, as mulheres representam 33,3% de todos os pesquisadores no mundo e apenas 12% delas são membros de academias científicas nacionais. A presença de pesquisadoras cai ainda mais quando o foco está em tecnologia e inovação: apenas uma em cada cinco profissionais atua nessas áreas.

O Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência foi instituído pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2015, justamente como forma de aumentar a conscientização sobre a presença e a excelência das mulheres na ciência.
“A presença da mulher é importante para que ela possa dar sua contribuição natural, afinal, a mulher tem grande sensibilidade e, em geral, contribui com a qualidade do ambiente de trabalho, o que faz toda diferença no sucesso das pesquisas. Dizem que a mulher escolhe caminhos indicados por sua intuição, e o que chamamos de intuição, na verdade, é a experiência acumulada” observou a professora Yvonne.

Barreira Educacional

Para a física, é fundamental suplantar a barreira educacional para que as jovens tenham mais coragem e condições de percorrer o caminho da ciência. “Frequentemente, as mães falam para as crianças: isso seu pai resolve ou deixe com o seu pai que é coisa de homem. Ou seja, há um direcionamento desde cedo. Mas é uma questão de expor a menina a ter experiências interessantes na área de pesquisas. Já temos leis que garantem todos os nossos direitos, antigamente não se aceitavam mulheres na Engenharia ou na Medicina. Hoje, tudo está aberto, só precisa mudar o enfoque da educação das meninas, desde a tenra idade”, ressaltou.

Desde que se aposentou, em 2001, decidiu atuar na difusão do conhecimento em escolas públicas. Teve vários projetos apoiados pela FAPESP e pelo CNPq.“Sempre gostei de me sentir útil e achei que poderia ajudar pessoalmente alunos da rede. Então, procurei escolas com professores interessados em receber esse apoio e iniciei esses projetos, com foco em mudar o padrão da educação das meninas. Sempre gosto de reforçar que o cérebro feminino é tão capaz quanto o masculino, só precisa treinar na direção certa”, afirmou.

Persistência

Um detalhe que não pode passar despercebido é a persistência que as cientistas precisam ter para seguir carreira em pesquisa, aliás, como em qualquer outra área de atuação. Durante a entrevista, a professora Yvonne citou o livro de sua amiga Anna Maria Endler, pesquisadora titular emérita do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.

“Perseverança” conta a história de Anna, uma das primeiras pesquisadoras na área de física no Brasil, suas conquistas e dificuldades inseridas no cenário cotidiano da segunda metade do Século XX. A autora ressalta quatro princípios que sempre lhe foram essenciais: convicção, retidão, verdade e justiça, além da perseverança, claro.

A professora Yvonne a cita com admiração e já recomendando a leitura da obra e a prática de seus ensinamentos. “As mulheres que mais admiro foram justamente aquelas que não se deixaram vencer diante dos reveses da vida, como a Anna Maria. E esse é o caminho, precisamos incentivar as meninas a ter persistência, mesmo que a caminhada seja árdua. Tem que saber o que se quer, treinar o cérebro para ser focado e persistir”, finalizou Yvonne Mascarenhas.

Curso NBPR Sapra tem módulo atualizado com a RDC 611 

O treinamento constante em proteção radiológica integra as diretrizes das resoluções e normas de proteção radiológica. A atualização desses conhecimentos não é só trabalhar para a formação de uma cultura de proteção radiológica com reflexo na criação de ambientes de trabalho mais seguros, mas é uma exigência legal. 

Com mudanças constantes nas legislações, a Sapra Landauer acompanha essas alterações e mantém seu curso de Noções Básicas de Proteção Radiológica (NBPR) atualizado. O treinamento em Noções Básicas de Proteção Radiológica é oferecido para profissionais com atuação ocupacional na área de radiação, trabalhando geralmente em hospitais, clínicas, indústrias ou instituições de ensino em saúde.

O NBPR 

O curso de Noções Básicas de Proteção Radiológica (NBPR) da Sapra Landauer aborda conceitos básicos em proteção radiológica e atualiza conhecimentos de profissionais que atuam na área de radiodiagnóstico. A mais recente atualização foi o desenvolvimento de um módulo extra sobre a RDC nº 611/2022 que revogou a RDC nº 330/2019 e a RDC nº 440/2020. 

Realizado de forma online e com certificado, em um ambiente exclusivo de aprendizagem na internet, o objetivo do curso é fornecer informações sobre proteção radiológica de maneira acessível, para permitir que sejam utilizadas na rotina de trabalho, facilitando a tomada de decisões dos usuários. 

O material que compõe o treinamento aborda conceitos, aplicações, tecnologias, métodos, normas técnicas, uso de EPIs e procedimentos de proteção radiológica. Dessa forma, o curso atende às recomendações da Anvisa e resoluções de órgãos estaduais no país. 

A duração varia de 2 a 4 horas, conforme os conhecimentos prévios do aluno e sua familiaridade com recursos de e-learning. 

Após a conclusão do curso, é gerado um certificado conforme os resultados da avaliação. O programa inclui avaliações formativas e somativas. 

Clique aqui e saiba mais sobre o NBPR, ou entre em contato com a Sapra, por meio do SAC (Gratuito) 0800 055-3567, pelo contato, ou e-mail

Gerenciador de Proteção Radiológica (GPR)

O Gerenciador de Proteção Radiológica (GPR) é um sistema concebido sob medida pela Sapra Landauer para otimizar o trabalho de profissionais responsáveis pela área de proteção radiológica de nossos clientes.

O GPR 

O sistema do GPR é acessado de forma online e é disponibilizado gratuitamente para todos os clientes. 

Por meio do sistema é possível consultar relatórios de doses individuais, mensais e anuais, verificar as doses dos usuários, consultar o envio e recebimento dos monitores, identificar os monitores não devolvidos, efetuar inclusões, exclusões e transferências de usuários, entre instituições afiliadas, consultas de cadastro de usuários e instituições, conforme os padrões da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).

Atualmente, os módulos mais usadas pelos clientes são:

1 – GPR (página principal) 

2 – Relatório Mensal de Doses

3 – Histórico de Dose Individual

4 – Doses anuais

5 – Envio e recebimento dos monitores

6 – Controle de recebimento e devolução dos monitores

7 – Gerenciamento de usuários

8 – Dose acumulada

9 – Relatório de usuários com Doses

Que tal conhecer as funcionalidades e os usos do sistema de gerenciamento de proteção radiológica oferecido pela Sapra Landauer?

Solicitação  de acesso ao GPR

O Gerenciador de Proteção Radiológica (GPR) é um sistema online que permite o gerenciamento e a consulta de dados com opções de consultas imediatas e com atualizações diárias.

Você sabe como solicitar a chave de acesso ao Gerenciador de Proteção Radiológica? Confira o passo a passo abaixo para obter sua chave de acesso:

  1. Acesse o sistema do Gerenciador de Proteção Radiológica Online (GPR);
  2. Clique no campo “clique aqui para solicitar a chave de acesso“;
  3. Preencha todos os campos solicitados no formulário e clique em salvar.

Atenção

O acesso ao GPR Online é disponibilizado apenas para o titular ou responsável legal, responsável por proteção radiológica e por envio e recebimentos dos monitores, identificados na contratação do serviço junto à Sapra Landauer.

Caso o solicitante da chave de acesso não seja o indicado no contrato de prestação do serviço, é necessário que após o preenchimento do formulário de solicitação, o responsável legal ou pela proteção radiológica assine e envie o termo referente ao tipo de acesso — que está disponível no formulário de solicitação – para o e-mail gpr@sapra.com.br.

A diferença entre os perfis de acesso ao GPR

O responsável legal ou responsável pela proteção radiológica possui acesso a todas as funções do sistema, tais como, consultar relatórios de coleta de dose, históricos de dose individual, relatórios de doses acumuladas, relatórios de doses anuais, usuários com doses, envio e recebimento de monitores, exportar dados de doses, funcionalidade de controle interno de recebimento e devolução dos monitores, monitores não devolvidos, gerenciador de usuários para efetuar inclusões e exclusões ou reativações e transferências.

Já o responsável pelo envio e recebimento dos monitores tem um acesso mais restrito, que engloba consulta de envio e recebimento de monitores, monitores não devolvidos, gerenciador de usuários para realizar inclusões e exclusões ou reativações e transferências.

 Acessando o sistema GPR

Caso já possua sua chave de acesso, basta seguir o passo a passo abaixo para acessar o sistema GPR:

  1. Acesse o sistema do Gerenciador de Proteção Radiológica Online (GPR);
  2. Informe o seu login e a senha (definidos no formulário de solicitação de acesso ao GPR);
  3. Clique em “Não sou um robô” e em seguida clique em entrar.

Saiba mais sobre o acesso ao sistema no vídeo abaixo:

Este vídeo é integrante do Treinamento sobre uso do GPR, disponível por meio do Sapra Treinamentos, o ambiente virtual de aprendizagem e treinamento da Sapra Landauer e da Central de ajuda do GPR.  Para saber mais sobre o GPR, fale conosco pelo telefone – 08000-55-3567 ou pelo e-mail gpr@sapra.com.br.

Busca por melhoria técnica levou Santa Casa de Porto Alegre a adotar dosimetria OSL

A dosimetria é adotada na Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre há 30 anos, contudo, a equipe de proteção radiológica estava em busca de melhorias técnicas e se surpreendeu com os benefícios quando passou a utilizar a tecnologia OSL (Luminescência Opticamente Estimulada), fornecida pela Sapra Landauer.

Com 218 anos de história e uma trajetória de pioneirismo e credibilidade, a Santa Casa de Porto Alegre possui um olhar constante para o futuro, promovendo iniciativas de inovação, atuação tecnológica e geração de conhecimento. Atualmente, conta com 1.200 profissionais que utilizam o dosímetro, o que requer atenção redobrada e cautela nos processos que envolvem a dosimetria individual.

“A tecnologia OSL é mais sensível, isso é constatado em literatura, e vários colegas do setor já haviam demonstrado interesse em mudar nosso sistema de dosimetria”, explica Laura Derengoski Morás, física médica do setor de Segurança do Trabalho. “Mensalmente fazemos uma aferição para verificar se a leitura está compatível com a rotina dos trabalhadores, e sabíamos que esses monitores seriam mais precisos.”

Laura é responsável por organizar e distribuir 1.000 dentre os 1.200 monitores utilizados na Santa Casa de Porto Alegre. E desde outubro de 2021, quando passou a utilizar os dosímetros OSL, a física médica diz ter sentido na prática a melhoria. “Desde o início nos surpreendemos, porque a Sapra Landauer tem um diferencial na entrega, na organização dos envelopes, nas remessas, na documentação dos processos e das atividades, sem contar os benefícios da tecnologia em si”, comenta.

 

 

Tecnologia OSL

A tecnologia OSL é uma evolução em dosimetria, que evidencia os benefícios na rotina em diversos aspectos: possibilita a realização da releitura do dosímetro OSL, o que oferece grande segurança na avaliação das doses reportadas; amplia os limites de medida, desde o valor mínimo de detecção de dose até o limite superior máximo de linearidade do detector; e oferece mais segurança na prestação do serviço com o sistema InLight, que permite realizar a leitura dos dosímetros sem perda de acuracidade devido ao processo de intercomparação entre os leitores.

Todos esses detalhes são fundamentais para um hospital, onde a rotina muitas vezes intensa dos profissionais da saúde, que lidam com vidas, faz com que se esqueçam de retirar os monitores, que acabam sendo encontrados na lavanderia, junto com os jalecos. Esse é um cenário comum em muitos hospitais, e na Santa Casa de Porto Alegre não é diferente.

“Já houve vezes em que o monitor foi processado na máquina de lavar roupa junto com os jalecos, especialmente quando o profissional sai de um momento tenso no centro cirúrgico. Mas além da identificação externa, o dosímetro da Sapra tem identificação interna, então, quando essa lavagem não danifica o monitor, é possível a análise e avaliação de dose, o que nos permite identificar o colaborador e o período. Essa rastreabilidade facilita muito nosso dia a dia”, relata.

Responsável pela gestão do contrato, Laura diz que se sente satisfeita com esta parceria. “Nós percebemos que a Sapra segue a Legislação à risca e tem todo um cuidado na consultoria técnica, o que nos deixa muito seguros, porque esse é um dado sensível, já que cada dose é associada aos dados pessoais do indivíduo. E o custo-benefício do serviço é ótimo”, destaca.

Desafios e soluções

Formada pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, ligada à Santa Casa de Misericórdia, Laura afirma que um dos maiores desafios do setor é a conscientização, já que o uso dos monitores não é uma questão intuitiva.

“Uma das minhas funções é a capacitação continuada que, por lei, deve ocorrer anualmente. Mas essa é uma luta diária e frequentemente vou aos setores para lembrar a relevância dos dosímetros, explicar o fluxo e o seu funcionamento, aliás, sempre levo comigo o modelo pedagógico para mostrar como é feita a verificação. E estou sempre ressaltando a importância de não deixar nenhuma lacuna no histórico do profissional”, afirma.

Segundo ela, a área de radiação ainda gera dúvidas e também há muitos mitos que a envolvem. Por isso, a informação constante é tão fundamental quanto a exposição controlada, daí a importância do monitoramento correto.

“Essa nova parceria facilitou bastante a gestão dos dosímetros. Além das melhorias técnicas, notamos diferença na entrega, na troca, nos relatórios de dose, que são mais explicativos, mais técnicos e mais eficazes para o nosso próprio registro como supervisores de proteção radiológica. Tem sido bom também para apresentar dados em auditorias ou em outras especificações externas, é um material mais robusto. Especialmente para mim, que cuido de muitos dosímetros, facilitou demais a organização. Por exemplo, qualquer erro de cadastro é identificado pela empresa, que imediatamente nos apresenta, aumentando ainda mais nossa confiança”, diz Laura.

Para ela, poder contar com o GPR – Gerenciador de Proteção Radiológica, plataforma disponibilizada pela Sapra, é outro benefício intrínseco ao processo. “Eu uso o GPR todos os dias, seja para consultar ou para incluir alguma informação. É bem intuitivo. E na plataforma ainda podemos nos atualizar constantemente, tenho achado muito bom”, observa.

Adaptações

Laura também ressaltou benefícios que não estão na literatura, mas que foram sentidos na prática imediatamente após a nova parceria. “Toda a logística está muito rápida, inclusive o envio de novos monitores de urgência, fiquei surpresa. O relatório de doses também é ágil e a consultoria que recebemos foi diferencial. Precisamos fazer algumas adaptações à nossa realidade, e fomos atendidos com êxito, estamos muito satisfeitos”, finaliza.