Sapra Landauer promove palestra de pesquisadora do CNEN no II Encontro de Proteção Radiológica

Programação do evento, que será realizado no dia 29 de agosto, em São Paulo, inclui palestra da Dra. Lucía Canevaro  

Os desafios a serem superados na radiologia intervencionista e propostas práticas de otimização da proteção radiológica serão os principais enfoques da palestra da Dra. Lucía Canevaro, pesquisadora no Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), no II Encontro de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista, realizado Sapra Landauer, na tarde do próximo dia 29 de agosto, em São Paulo. Dra. Lucía Canevaro será a segunda palestrante do encontro, logo após a física e diretora-presidente da Sapra Landauer, Yvone Maria Mascarenhas. 

A física médica é pesquisadora sênior da Divisão de Física Médica do IRD/CNEN. Desenvolve trabalhos na área de radiodiagnóstico, na implementação de programas de controle de qualidade, dosimetria de pacientes e profissionais em procedimentos dinâmicos diagnósticos e terapêuticos em cardiologia intervencionista, neurorradiologia e radiologia vascular, por exemplo. “Nosso foco é sempre a otimização da prática do uso de raios X na medicina. Também estudamos sistemas com raios X odontológicos que utilizam equipamentos panorâmicos e de Tomografia por Feixe Cônico, o cone beam. Dentro do IRD temos laboratórios onde realizamos testes, calibrações, desenvolvimento de protocolos e outras tarefas. Grande parte das atividades, as realizamos em hospitais com os que temos parcerias e onde levamos adiante medições, implementação de protocolos, tarefas de conscientização dos profissionais e seminários”, relata ela, acrescentando que também, no IRD, realiza atividades de docência em nível de graduação e pós-graduação, além de cursos especializados de curta duração.

Dra. Lucía Canevaro também colabora, há quase 20 anos, com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), como perito na área de radiodiagnóstico. Sua participação consiste em dar apoio a instituições governamentais de alguns países que solicitam à IAEA suporte para implantar políticas de proteção radiológica nos seus sistemas de saúde, assim como implementar técnicas e projetos de dosimetria, controle de qualidade em serviços de atenção à saúde. “Minha colaboração com a IAEA é eventual, quando há solicitação de algum país. Tenho participado também em comitês da IAEA e coordenado projetos e atividades dentro do Brasil, com os mesmos objetivos de otimização da prática. Essas atividades nos favorecem para a vinda de peritos que nos ajudam a aprimorar nosso trabalho, assim como a possibilidade de treinamento de pesquisadores brasileiros no exterior e a obtenção de recursos para insumos necessários para a realização de pesquisas no Brasil”, enfatiza Dra. Lucía.

Sobre sua palestra do dia 29 de agosto, no Encontro da Sapra, ela adianta algumas colocações:  “Quando nós, físicos médicos, entramos no ambiente dos profissionais médicos que usam radiação, percebemos que existe insuficiente conhecimento do próprio equipamento de raios X, uma das principais ferramentas para levar a cabo o procedimento intervencionista. Também existe pouca consciência sobre os efeitos e sobre como se proteger contra a radiação. Acreditamos que estas deficiências são consequência da falta de uma sólida cultura de proteção radiológica. Consolidar essa cultura é um trabalho longo e de persistência. Os físicos médicos estamos trabalhando para isso acontecer”, ressalta.

Na sua opinião, este tipo de iniciativa da Sapra é muito importante, porque uma forma de agir sobre esse problema é justamente compartilhar com os responsáveis pela proteção radiológica das instituições médicas e com aqueles envolvidos na prática (médicos, técnicos, etc), a experiência que tem sobre as principais dificuldades encontradas para estabelecer estratégias de proteção radiológica no laboratório de hemodinâmica.

Para ela, o maior desafio é: como convencer os profissionais que trabalham com radiação a adotar práticas de proteção? Como eles poderiam realizar seu trabalho com segurança e sem riscos para eles e seus pacientes?

“As soluções, geralmente são simples, muitas vezes baratas, mas precisamos que “comprem a ideia”. Precisamos dialogar com eles com argumentos concretos”, defende.

Em geral, ainda de acordo com a dra. Lucía, as propostas de proteção e os mecanismos de otimização das condições da exposição de profissionais e pacientes consistem mais em atitudes do que em recursos materiais. Uso de vestimentas de proteção individual, adequado manuseio dos equipamentos de raios X (colimação, distâncias, controle do tempo de exposição) e treinamento são algumas práticas muito eficientes. “Atualmente a implementação de métodos para o gerenciamento das doses é primordial em um serviço de radiodiagnóstico que proporciona altas doses, como é o caso da radiologia intervencionista”, conclui.

O II Encontro de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista será no Hotel Estanplaza Paulista, das 14h às 17h30, e participantes receberão certificado de participação. O objetivo da Sapra Landauer é reunir dezenas de profissionais da área interessados em atualizar conhecimentos e ter acesso a informações técnicas qualificadas sobre métodos e processos relacionados ao tema. 

 SERVIÇO

II Encontro de Proteção Radiológica em Radiologia Intervencionista
Quando: 29 de agosto de 2018
Local: Hotel Estanplaza Paulista, em São Paulo. Al. Jaú, 497 – CEP: 01420-002 – Cerqueira César. São Paulo – SP
Horário: das 14 às 17:30 horas

Inscrições: clique aqui